Oi gente! Como havia prometido,
em post anterior, hoje vou escrever sobre a visita do Matheus ao nutrólogo e
pediatra Dr. Enairton Vinicius Rocha (CRM 4951).
A consulta se deu semana
passada dia 03/10/13. Inicialmente o médico quis saber da rotina do Matheus e o
que normalmente ele comia desde acordar até dormir. O doutor, muito atencioso, escutou tudo pacientemente. Expliquei toda a dificuldade
em fazer o Matheus comer bem e principalmente em provar os alimentos.
Após uma avaliação
antropométrica o nutrólogo começou uma longa conversa. Inicialmente ele nos tranquilizou
dizendo que a parte física do Matheus está ótima (ele está com 18.25kg e altura
de 101cm) e que na verdade ele tem um sobrepeso (por incrível que pareça).
Quanto aos exames de sangue ele confirmou a anemia e disse para que ele
continuasse o tratamento com o Neutrofer e Redoxon (ferro e vitamina C), com relação ao Fortini, ele reduziu a dosagem de
4 (quatro) para 2 (duas) medidas ao dia.
Ele explicou que a
necessidade de se alimentar caía mais da metade nessa idade (Matheus está com 3
anos e 11 meses) isso porque o crescimento diminui muito e com ele a
necessidade de se alimentar, ou melhor, dos 2 anos até o início da puberdade, o
crescimento não é tão acelerado quanto no primeiro ano de vida, o que leva a
uma redução natural do apetite. Ele até brincou dizendo que a partir dos 12/13
anos de idade ele iria comer até as paredes. Kkkkk...
Disse ainda que o Matheus não
é uma criança que não come, então ele não teria o corpo e tamanho que tem, e
sim uma criança que come mal :/ ... e admito que realmente ele come mal e essa
é minha maior preocupação, o dia em que
ele come uma fruta ou bebe um suco é um “milagre” ...
Enfim o tratamento é de “choque”,
mais para nós, pais, do que para ele, Matheus. O Dr. deu várias dicas tipo:
- Não fazer comida diferente ou exclusiva para
ele;
- Não fazer da hora de se alimentar um momento
ruim para ele;
- Não cobrar, nem fazer ameaças, tipo “você vai
ficar doente” ou “você vai ficar fraco”;
- Se ele se recusar a comer, devemos simplesmente
dizer “OK” e deixá-lo com fome até a hora da próxima refeição, não oferecendo
nada nesse intervalo de tempo;
- O momento da refeição deve ser de no máximo
30min, independente dele ter comido tudo ou não;
- A comida que ele mais gosta (arroz com ovo ou
macarrão) devemos oferecer somente 2 (duas) vezes por semana, no máximo;
Enfim foi uma longa conversa
que se resume em não tornar a alimentação uma coisa “importantíssima” ou o “centro
de tudo”, simplesmente levar com naturalidade. Querendo comer, ótimo, não
querendo, tudo bem.
Ele explicou que no começo o
Matheus iria perder peso o que não seria um problema visto que ele está “gordo”
(kkk) e que o importante era reverter o quadro de hoje, onde meu filho encara a
hora de comer como uma coisa chata, ruim, momento de sofrimento, choro para uma
coisa sistemática, diária, que não precisa ser boa nem ruim, só necessária.
É isso!!! Vamos começar os
trabalhos na tentativa de me educar e reeducá-lo também. Desejem sorte para
nós. Desejo toda a sorte do mundo, a todas as mãezinhas que passam pelo mesmo
problema. Vamos trocar experiências, me contem como foi com seus filhos.
Quando
é normal não ter apetite
•
A partir dos 2 anos, as conquistas motoras, aliadas à diminuição considerável
do ritmo de crescimento, provocam redução importante do apetite - que, em
geral, retorna com força total em torno dos 12 anos;
•
Resfriados, gripes, outras infecções e até mesmo o despontar ou a troca de
dentes se refletem diretamente no prato. Relaxe. Tudo volta ao normal logo
depois;
•
Em dias muito quentes - ou pra lá de agitados, com várias atividades que roubam
a atenção dos pequenos - o apetite, geralmente, se ressente;
•
Crianças não costumam reagir bem a novos alimentos. A tendência natural é
recusá-los. Não desista. Às vezes é preciso apresentar as novidades dezenas de
vezes.
Quando
é melhor investigar
•
Se notar que seu filho é muito menor do que as crianças da mesma idade, leve-o
ao pediatra para acompanhar o ganho de peso e altura;
•
Sonolência, palidez e pouca disposição podem indicar falta de nutrientes
importantes, como ferro, cálcio, vitaminas e zinco. Relate o problema ao médico
e sugira a realização de exames;
•
O motivo também pode ser emocional. Algumas crianças se recusam a comer como
forma de protesto. Se for o caso, procure, em primeiro lugar, encontrar o
motivo dessa birra;
•
Alterações bruscas de apetite por períodos prolongados podem ter causas
orgânicas mais graves, como problemas digestivos ou de mastigação, doenças
infecciosas mais sérias e alguns tipos de câncer, como a leucemia.